3ª Oficina do Grupo: Cinema e Filosofia no Coronel Pilar

Em 23/08/07 ocorreu a 3ª Oficina do Grupo: Cinema e Filosofia: Tranversalidades na Formação Juvenil na Escola Coronel Pilar.


CORRA LOLA CORRA. Direção de Tom Tykwer, Alemanha 1998. Drama/Aventura. Duração: 81 minutos.

Sinopse: Lola (Franka Potente) é filha de um rico pai bancário, extravagante em seu modo de vestir e com um namorado, digamos, que se meteu em uma ‘pequena’ encrenca. Manni (Moritz Bleibtreu) é o coletor de uma quadrilha de foras-da-lei e estava tendo o seu dia de sorte: carregava uma grande quantidade de dinheiro do bando para testarem sua confiança. Só que, para o seu azar, perdeu o dinheiro no trem da cidade, entrando em desespero e tendo que, em 20 minutos, recuperar todo o valor perdido. Desesperado, liga para sua namorada, que começa uma incansável corrida contra o tempo para tentar arrumar todo o dinheiro e seu namorado não ter de acertar as contas com a gangue com sua própria vida.
Temas: Meta-Filosofia.
Palavras-chave: Ironia. Inquietação. Crítica. Sentido. Existencial.


Comentário: A história de uma mulher correndo... assim poderia ser definido Corra Lola Corra. Mas ele é muito mais que isso. O filme, de 90 minutos, possui exatos 60 minutos de correria divididos em trechos de 20 minutos cada que pretendem mostrar como as nossas decisões podem influenciar indiretamente, ou não, o mundo que nos rodeia. Lola corre... para ajudar o namorado, Lola corre... para alcançar a felicidade, Lola corre... para encontar o pai, Lola corre... corre... E quando Lola corre ela muda destinos, causa fracassos ou sucessos tudo que acordo com suas mudanças de atitudes. Um filme alemão que mescla imagens em 35mm – quando Lola e seu namorado Mani aparecem – e de vídeo – o mundo real com uma imagem mais artificial. Com um roteiro maravilhoso e uma linguagem de câmera perfeita. Olhando atentamente, é possível perceber que Corra, Lola, Corra acontece praticamente em tempo real. Um episódio de 20 minutos é repetido várias vezes e a história muda conforme uma das variáveis do roteiro é alterada. Então deve ser um filme lentíssimo, arrastado... Errado. A inventividade da história, aliada às as firulas cinematográficas do diretor Tom Tykwer cria um filme elétrico, com uma linguagem moderna que lembra bastante os video-clipes. O enredo é simples: uma exótica jovem de cabelos laranjas tem apenas 20 minutos para salvar a pele do namorado. Manni (o namorado) é um entregador para um gangster poderoso. Tudo que ele tem que fazer é pegar pacotes em um lugar e deixar em outro e tudo está indo muito bem. Quando acaba o trabalho, ele espera sua namorada apanhá-lo. Num dia as coisas não correm bem. Devido a um incidente enquanto comprava cigarros, Lola se atrasa - e ela nunca atrasara antes, e Manni precisa de sua namorada mais do que nunca pois seu rigoroso chefe vai encontrá-lo em vinte minutos para pegar 100.000 marcos - dinheiro que, de repente, Manni não tem. Lola sai correndo do apartamento, pela rua, tentando encontrar Manni e, de alguma forma, conseguir o dinheiro no caminho. Ela corre pela cidade em um redemoinho de trombadas, freiras, bebês e armas. Pelas calçadas, dentro de escritórios, no meio do tráfico, ela corre contra o tempo e suas mais simples decisões são decisões que podem alterar (ou terminar) uma vida. E o que acontece? Realmente esses fatos simples acabam alterando todo o destino de duas pessoas. Um tropeção, um esbarrão em uma bicicleta, um desencontro. Tudo isso é suficiente para mudar a vida de Lola e seu namorado. Enfim, a idéia central do filme é que a mudança de um detalhe mínimo pode ser responsável por uma mudança em todo o destino do universo.

Bibliografia recomendada:

LEIBNIZ, G.W. A Monadologia.
HUME, DAVID. Uma Investigação sobre o entendimento Humano.
PLATÃO. Críton.
DESCARTES, RENÉ. Meditações.




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