No início, os filósofos e outros intelectuais começaram por desprezar o cinema, por ser considerado como um mero divertimento. Mas ao longo da segunda metade do século XX e até à actualidade, a filosofia cruzou-se muitas vezes com a sétima arte. Foram muitos os filósofos que se interessaram por este maravilhoso novo mundo das imagens animadas, sobretudo os franceses, como Edgar Morin, Gilles Deleuze, Jean Baudrillard ou Paul Virilio. Explorando esta ligação entre o cinema e a filosofia, o site Film-Philosophy, criado em Novembro de 1996, é um dos recursos mais bem apetrechados na Internet sobre esta temática, encontrando-se dividido em três partes. Uma é a do jornal online onde reputados professores ou simples estudantes de filosofia, de estudos sobre cinema e dos média analisam obras cinematográficas através do recurso a ideias de filósofos contemporâneos e criticam as mais recentes novidades literárias nesta área. No Salon, uma espécie de comunidade virtual a que também se pode aceder por email, é dada oportunidade ao visitante de participar activamente em discussões, debater ideias e esclarecer dúvidas. Este espaço conta com mais de 900 membros oriundos de 20 países. Para se ficar por dentro dos assuntos, convém ter, no entanto, alguns conhecimentos de história do cinema, para não confundir Antonioni com Pasolini ou mesmo... Einstein com Eisenstein. Mas o Film-Philosophy é também um portal, contendo uma enorme colecção regularmente actualizada e editada dos melhores links para novos artigos e ensaios, publicações, organizações e conferências, assim como um vasto arquivo de links sobre filósofos que pensaram sobre o cinema e bibliografias sobre e dos principais critícos e cineastas.
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